domingo, 22 de novembro de 2020

PET 6 SEMANA 4 Paulo Freire

 Saudações! As questões de educação e reflexão crítica da realidade nos levam à Paulo Freire (1921 – 1997).


Segundo ele, o homem é um ser de relações, está no mundo e com o mundo, ele interage como ser social “com os outros” (abertura) e histórico (temporaliza-se). Nesse sentido, a educação deve ajudar o homem a compreender sua “ontológica vocação de sujeito”, pois o homem essencialmente é um ser de interação. Na perspectiva existencialista que concebe o homem como um ser inacabado, um ser em construção, Freire demonstra que ao se saber inacabado, o homem se educa, afinal não haveria educação se o homem fosse um ser concluído, O homem reflete sobre si e sua incompletude o leva a uma constante busca, o que seria a raiz da educação.

 Pedagogia Progressista Libertadora

Paulo Freire nos propõe em sua Pedagogia Progressista Libertadora, a conscientização dos educandos superando a tendência alienante de uma “educação bancária” que visa o aluno como mero depósito de conhecimentos. Uma vez consciente de si e dos problemas da sociedade em que se encontra, o homem abre as portas para uma reflexão mais crítica e consequentemente transformadora do mundo.

A Pedagogia Progressista sustenta as finalidades sociopolíticas da educação. A escola não pode ser considerada como apenas um local de transmissão de saberes. Ela deve despertar uma visão mais crítica do educando frente à realidade em que se encontra, daí ser uma educação crítica e transformadora.

 Libertadora porque o homem uma vez consciente torna-se “sujeito de sua ação”, compreendendo a si mesmo e a realidade em que se encontra, ele age de forma crítica e autêntica, livre das algemas da alienação e da ideologia

É portante salientar que nos últimos tempos, surgiu uma crítica a Freire o sentido de suas ideias serem “doutrinadoras” em uma perspectiva marxista. Contudo, basta algum estudo sobre seu método e nos deparamos com o oposto de “doutrinação”. É óbvio que há influência de Marx nas ideias de Freire, mas desenvolver pensamento crítico é antagônico à ideia de doutrinar um sujeito.

Matérias como Sociologia e Filosofia, estão calcadas essencialmente no desenvolvimento do pensamento autônomo dos estudantes.  A complexidade dos assuntos tratados pela abordagem sociológica ou filosóficas tornam-se desafiadoras para o profissionais na sua tarefa de proporcionar meios para que os estudantes consigam compreender ideias, teorias e conceitos.

Despertar o interesse do aluno para o novo mundo de conhecimento que se apresenta é uma tarefa complexa, pois além da infinitas distrações da modernidade, podemos ressaltar que o estudo em si é desvalorizado por muitos em uma tendência pragmática (que contém considerações de ordem prática; prático, realista, objetivo). Mas pensem, desenvolver a mente para compreensão da realidade de forma crítica e consciente não seria extremamente útil? Seja para a sociedade que carece de racionalidade, seja para o indivíduo em si que torna-se livre das amararas das ideologias nocivas à vida autentica.

Percebe-se que a ideia da disciplina está muito ligada a emancipação do estudante, ou seja, da “liberdade” e senso crítico do mesmo.




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