Do grego “Filo”
(Amor/amizade) e “Sofia” (Sabedoria).
No início dos tempos o homem
começou a refletir e desenvolveu naturalmente a necessidade de explicar o
mundo. Tanto sua capacidade de raciocinar, quanto seu conhecimento dos fatos
eram limitados e escassos, apresentando, assim, explicações que não eram totalmente
corretas.
Estas explicações repletas de
fantasias e erros deram origem aos “mitos”. Estes explicavam o desconhecido com
base na experiência particular de cada comunidade.
O mito proporciona um
conhecimento que é mágico porque ainda vem permeado pelo desejo do ser humano
de atrair o bem e afastar o mal, dando segurança e conforto ao homem.
Normalmente as forças da
natureza são apresentadas como divindades antropomórficas (Com características
humanas) e suas ações e desejos explicavam os acontecimentos da natureza, tanto
que era possível para o homem “agradar” os deuses na esperança de resultados
benéficos para si.
As comunidades, no entanto,
comunicavam-se e perceberam – com o tempo - que estas explicações eram
contraditórias, pois para o mesmo problema (por exemplo, a seca) cada
comunidade inventava um mito que pretendia explicar o evento. A partir da
constatação de que os mitos não eram suficientes para responder às necessidades
humanas de conhecimento, surgiram as explicações filosóficas...
O nascimento da Filosofia
A Grécia é tida como o berço
da filosofia pois foi lá que surgiram os primeiros filósofos e os conceitos que
definem filosofia até hoje.
Tudo começa com a situação
comercial que leva os gregos a frequentes encontros culturais que expuseram a
contradição dos “Mitos”, que até então não era apenas uma questão religiosa,
mas sim de conhecimento...
De onde nós viemos? Senão foi por meio dos deuses, de onde nós
viemos? Qual a origem do mundo?
Para os primeiros filósofos, a verdade não estava nos Mitos e a buscaram na própria natureza (Physis) a resposta para a origem do mundo e de todas as coisas (Arché, do grego: origem), por isso foram considerados “naturalistas” ou mesmo “físicos”.
A escola Jônica
É comum associar os pré socráticos à Escola
jônica pois muitos deles, incluindo Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito,
etc, pertenceram a ela.
Embora tivessem ideias muito diferentes, foram
considerados "cosmologistas" ou até mesmo os "primeiros
físicos", compartilhavam da ideia de que a matéria muda de uma forma para
outra, mas também que toda a matéria tem algo em comum, inalterável.
Historicamente, são os primeiros filósofos de
que se tem notícias, daí sua importância.
Os primeiros filósofos: “Pré-Socráticos”
Ao constatarem o “devir”
(Constante “mudança” da natureza) esse grupo de pensadores ficaram
caracterizados pelo objetivo de descobrir a causa suprema de tudo (Arché) se
voltando contra as explicações míticas, buscando sentido racional para a origem
das coisas.
Depois de promover suas
observações, esse princípio original, foi identificado como um dos elementos:
água (Tales), terra, fogo (Heráclito), ar (Anaxímenes) ou todos eles
(Empédocles), fazendo isso por meio de observação e racionalização sistemática
da mesma.
Os raciocínios aos quais eles
chegaram podem nos parecer muito estranhos ou “coisa de louco”, mas se tratando
de uma época em que se acreditava que o raio caia do céu por causa da ira de
Zeus (Um cara barbudo cheio dos poderes e de pavio curto).
Os primeiros filósofos
iniciaram uma busca racional pela verdade.
Um bom exemplo, é Demócrito
(460—370 a.C) que vai “descobrir” os átomos a mais de 2400 anos atrás! Não
havia métodos científicos, apenas “especulação filosófica”.
Para Demócrito, o cosmo é
formado por um turbilhão de infinitos átomos de diversos formatos que
jorram ao acaso e se chocam. Com o tempo, alguns se unem por suas
características (as vezes, as formas dos átomos coincidentemente se encaixam
tão bem como peças de quebra-cabeça) e muitos outros se chocam sem formar nada
(porque as formas não se encaixam ou se encaixam fracamente).
Dessa maneira, alguns
conjuntos de átomos que se aglomeram tomam consistência e formam todas as
coisas que conhecemos, que depois se dissolvem no mesmo movimento turbilhonar
dos átomos do qual surgiram.
😯👏
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