quinta-feira, 21 de maio de 2020

SEMANA 1 Mito e Filosofia



Do grego “Filo” (Amor/amizade) e “Sofia” (Sabedoria).


No início dos tempos o homem começou a refletir e desenvolveu naturalmente a necessidade de explicar o mundo. Tanto sua capacidade de raciocinar, quanto seu conhecimento dos fatos eram limitados e escassos, apresentando, assim, explicações que não eram totalmente corretas.

Estas explicações repletas de fantasias e erros deram origem aos “mitos”. Estes explicavam o desconhecido com base na experiência particular de cada comunidade.





O mito proporciona um conhecimento que é mágico porque ainda vem permeado pelo desejo do ser humano de atrair o bem e afastar o mal, dando segurança e conforto ao homem.
Normalmente as forças da natureza são apresentadas como divindades antropomórficas (Com características humanas) e suas ações e desejos explicavam os acontecimentos da natureza, tanto que era possível para o homem “agradar” os deuses na esperança de resultados benéficos para si.

As comunidades, no entanto, comunicavam-se e perceberam – com o tempo - que estas explicações eram contraditórias, pois para o mesmo problema (por exemplo, a seca) cada comunidade inventava um mito que pretendia explicar o evento. A partir da constatação de que os mitos não eram suficientes para responder às necessidades humanas de conhecimento, surgiram as explicações filosóficas...

O nascimento da Filosofia

A Grécia é tida como o berço da filosofia pois foi lá que surgiram os primeiros filósofos e os conceitos que definem filosofia até hoje.
Tudo começa com a situação comercial que leva os gregos a frequentes encontros culturais que expuseram a contradição dos “Mitos”, que até então não era apenas uma questão religiosa, mas sim de conhecimento...

De onde nós viemos? Senão foi por meio dos deuses, de onde nós viemos?  Qual a origem do mundo?

Para os primeiros filósofos, a verdade não estava nos Mitos e a buscaram na própria natureza (Physis) a resposta para a origem do mundo e de todas as coisas (Arché, do grego: origem), por isso foram considerados “naturalistas” ou mesmo “físicos”.



A escola Jônica



É comum associar os pré socráticos à Escola jônica pois muitos deles, incluindo Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, etc, pertenceram a ela.
Embora tivessem ideias muito diferentes, foram considerados "cosmologistas" ou até mesmo os "primeiros físicos", compartilhavam da ideia de que a matéria muda de uma forma para outra, mas também que toda a matéria tem algo em comum, inalterável.

Historicamente, são os primeiros filósofos de que se tem notícias, daí sua importância.



Os primeiros filósofos: “Pré-Socráticos”

Ao constatarem o “devir” (Constante “mudança” da natureza) esse grupo de pensadores ficaram caracterizados pelo objetivo de descobrir a causa suprema de tudo (Arché) se voltando contra as explicações míticas, buscando sentido racional para a origem das coisas.
Depois de promover suas observações, esse princípio original, foi identificado como um dos elementos: água (Tales), terra, fogo (Heráclito), ar (Anaxímenes) ou todos eles (Empédocles), fazendo isso por meio de observação e racionalização sistemática da mesma.
Os raciocínios aos quais eles chegaram podem nos parecer muito estranhos ou “coisa de louco”, mas se tratando de uma época em que se acreditava que o raio caia do céu por causa da ira de Zeus (Um cara barbudo cheio dos poderes e de pavio curto).

Os primeiros filósofos iniciaram uma busca racional pela verdade.
Um bom exemplo, é Demócrito (460—370 a.C) que vai “descobrir” os átomos a mais de 2400 anos atrás! Não havia métodos científicos, apenas “especulação filosófica”.

Para Demócrito, o cosmo é formado por um turbilhão de infinitos átomos de diversos formatos que jorram ao acaso e se chocam. Com o tempo, alguns se unem por suas características (as vezes, as formas dos átomos coincidentemente se encaixam tão bem como peças de quebra-cabeça) e muitos outros se chocam sem formar nada (porque as formas não se encaixam ou se encaixam fracamente).
Dessa maneira, alguns conjuntos de átomos que se aglomeram tomam consistência e formam todas as coisas que conhecemos, que depois se dissolvem no mesmo movimento turbilhonar dos átomos do qual surgiram.

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