domingo, 19 de julho de 2020

SEMANA 4 - Individuo e comunidade (Escola)



Saudações! 

Eu sei, estamos com saudade da escola, né? Tema de hoje:

Vários pensadores viam a educação como sendo responsável pela transmissão de valores é também objeto de transformação social.

Contudo,  segundo Rousseau, “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. O ser humano em seu “estado de natureza” é superior ao homem “civilizado” pois vive em harmonia com a natureza sem as necessidades supérfluas do homem moderno. A decadência do ser humano em sociedade se deu em alguns momentos, entre eles, a criação da magistratura (escolas) que moldam as pessoas a fazerem parte dessa sociedade decadente.

Tal crítica nos leva a seguinte questão:

A escola é uma instituição que atende as condições sociais é tida como um espaço de socialização.  Desta forma, cabe à escola promover a emancipação dos estudantes através da mais diversas formas de reflexão. Dentre elas, destaca-se a Sociologia e a Filosofia.

Paulo Freire (1921 – 1997) nos propõe em sua Pedagogia Progressista Libertadora, a conscientização dos educandos superando a tendência alienante de uma “educação bancária” que visa o aluno como mero depósito de conhecimentos. Uma vez consciente de si e dos problemas da sociedade em que se encontra, o homem abre as portas para uma reflexão mais crítica e consequentemente transformadora do mundo.



Estamos diante da reflexão de que quem está no poder dita as regras e o que se deve acreditar, a escola tende a replicar a vontade e ideias de quem domina. Essa crítica é encontrada também na reflexão de Foucault ... Para entendermos mais essa questão do poder em Foucault veja o vídeo da série:  

"Ser Ou Não Ser" - Foucault e as relações de poder




E a sequência para quem ficou curioso: 




Então, conhecimento é poder ou poder é conhecimento?



domingo, 12 de julho de 2020

SEMANA 3 - Felicidade


Saudações! Comentamos em aulas anteriores sobre moral na história, e nos deparamos com duas concepções que esbarram em outra temática, a felicidade:




Aristóteles (385/322 A.C): Todas as atividades humanas aspiram a um bem, dentre eles a Felicidade que não consiste nos prazeres do corpo, mas sim na atividade da alma segundo a Razão.

Como assim? Vamos os conselhos de Aristóteles para a felicidade: 



Mas vimos outra perspectiva:

Hedonistas: (Hedoné = Prazer) A Felicidade consiste nos prazeres do corpo (Literalmente). Contudo, Epicuro (341/271 A.C) Grande representante do desse movimento, afirmava que os prazeres do corpo são fontes de sofrimento, portanto, a Felicidade encontra-se nos prazeres da alma como a amizade e o amor.

Essas duas abordagens estão na SEMANA 3 do PET volume 2 de Filosofia, onde confronta-se as questões da felicidade nos prazeres e o mundo capitalista que nos oferece o consumo como forma de felicidade.

Para tal reflexão, acrescentamos duas ideias, Schopenhauer e Bauman, vejam o vídeo, vale a  pena:





segunda-feira, 6 de julho de 2020

SEMANA 2 - Linguagens e significado: Entendendo o mundo




Saudações!


Vimos na SEMANA 4 "Verdade e validade (Lógica)", que existe toda uma estrutura do pensamento, se perdeu, veja clicando aqui. Tal tema está diretamente ligado à questão da linguagem, afinal, uma das características decorrentes da nossa capacidade de raciocinar, é a da linguagem e criação dos símbolos para comunicação.


Linguagem e comunicação

Embora a expressão “linguagem” seja usada em diversos contextos e com sentidos  relativamente distintos, existe um sentido básico que permeia todos eles:
A idéia de conjunto de signos que remetem a algo distinto deles, o que faz com que tenham um “significado” para aqueles que dominem esse código.

A Linguagem na história

Quais seriam os eventos mais importantes da história da linhagem e da comunicação que abriram novas possibilidades para a humanidade?

1º) A invenção do Alfabeto – Mesma que não haja conhecimentos históricos a esse respeito, o impacto a linguagem escrita causou grandes transformações.
Antes da adoção do alfabeto, na Grécia, eram os poetas que transmitiam oralmente os aspectos da cultura. Se aprendia o que era coragem, amor, sabedoria etc por meio de histórias  míticas e seus heróis, deuses e aventuras.
A “palavra”, portanto, indicava o modelo a ser seguido.



Por volta do século IX a.C, surgiu o alfabeto grego (baseado no fenício). Logo, o relato oral foi perdendo força, pois a linguagem escrita podia levou as pessoas a adotarem uma linearidade racional.
 A “linguagem de ação” (Oral) foi suplantada pela “linguagem de idéias”, de “reflexão”, pois se passou a perguntar “O que é sabedoria?”, “O que é coragem?”
Assim, a tarefa de educar dos oradores, poetas foi sendo substituídas por filósofos valorizando-se mais o “pensar”.

2º A invenção da imprensa – No século XV a imprensa de Gutemberg provocou  uma revolução. Ao substituir os manuscritos por impressos que poderiam ser mais facilmente obtidos. Houve uma expansão da alfabetização e divulgação de idéias filosóficas e cientificas.
Logo, a linguagem oral foi sendo substituída pela escrita.



Segundo Walter Ong (1912 -2003), em  “Oralidade e cultura escrita”:

“Sem a escrita, a mente letrada não pensaria e não poderia pensar como pensa, mas normalmente, até mesmo quando está compondo seus pensamentos de forma oral. Mais do que qualquer outra invenção individual, a escrita transformou a consciência humana”

3º A linguagem tecnológica – Nas ultimas décadas algo semelhante às revoluções anteriores esta acontecendo. A linguagem tecnológica compreende uma grande quantidade de mídias ou meios de comunicação, o problema da distância praticamente foi anulado e como resultado, o mundo se transformou em uma aldeia global.
Assim, Culturas se conectam, noticias chegam às pessoas quase simultaneamente aos acontecimentos, etc