segunda-feira, 24 de agosto de 2020

SEMANA 4 A Diversidade dos saberes (Arte, Kant e Escola de Frankfurt)

 Saudações! Nosso ultimo conteúdo abordou a diversidade dos saberes deixando por fim a questão da "Arte" como forma de conhecimento:


A Estética é um ramo da filosofia que reflete sobre o conceito do Belo. Dentro desse conceito você vai ter duas posições: "Gosto é gosto" e não existe uma ideia universal do belo, sendo portando , algo subjetivo (Lembram-se dos Sofistas?) e outra posição é a de que exista sim conceitos universais.

Nessa segunda vertente o PET 3 Semana 4 apresenta o argumento do filósofo alemão Immanuel Kant, que já vimos por aqui defendendo a ideia de "valores universais". logo, na questão d arte não seria diferente: 

"Para Kant, apesar da subjetividade do gosto, a necessidade de universalizar o juízo de gosto a partir da adesão de outros sujeitos a um mesmo julgamento".

Sustentou que uma ideia considerada bela, surge antes, A educação seria responsável pela compreensão da arte e a partir daí, a formação do gosto.

(Há um documentário na Netflix da série Explicando que mostra que até nossos gostos sexuais podem ser puramente ... "construções culturais", basta ver o padrão de beleza de cada cultura ... Curioso? confere lá)

A crítica da Escola de Frankfurt

A arte tem um poder sobre as pessoas e seu modo de pensar:

A Escola de Frankfurt é o nome dado ao grupo de pensadores  alemães do Institudo de pesquisa social de Frankfurt (1920).


Sua produção ficou conhecida como “teoria crítica. Pois apesar da diferença entre os pensamentos de Adorno, Marcuse, Habermas  etc. Todos eles tinham a preocupação em estudar a vida social e compor uma teoria crítica da sociedade como um todo.


Influências? O ponto de partida desses pensadores foi uma releitura do Marxismo... e a teoria freudiana que trouxe a tona, novos elementos sobre o psiquismo das pessoas. Mas há também outras influências como Hegel, Kant e Max Weber.


Em suma, a Escola de Frankfurt concentrou os seus interesses na análise da “cultura de massa”.


Termo que descreve a sociedade atual cujo avanço tecnológico é colocado a serviço da lógica capitalista. Enfatizando o consumo e a diversão como formas de apaziguar os problemas sociais.





A televisão tinha enorme poder na época desses pensadores, mas o que mudou de lá para cá?




segunda-feira, 17 de agosto de 2020

SEMANA 3 A Diversidade dos saberes

Saudações! Embora o tema seja a diversidade dos saberes, a SEMANA 3 do PET 3 foca a Arte, que é uma forma de conhecimento.

Vou explicar a questão da diversidade dos saberes e na próxima semana nos voltamos para a Arte Uma vez que no próprio PET as  semanas 3 e 4 estão juntas:


Na busca por explicações sobre a natureza e mundo. O ser humano adotou “formas de conhecer”: O mito, a própria Filosofia, a Ciência e o Senso comum.

Já comentamos alguns detalhes sobre essa questão e agora vamos aprofundar um pouco mais:

 1 - O Mito

No início dos tempos o homem começou a refletir e desenvolveu naturalmente a necessidade de explicar o mundo.

Tanto sua capacidade de raciocinar, quanto seu conhecimento dos fatos eram limitados e escassos, apresentando, assim, explicações que não eram totalmente corretas.

Estas explicações repletas de fantasias e erros deram origem aos mitos. Estes explicavam o desconhecido com base na experiência particular de cada comunidade. 

(Ícaro)

A partir da constatação de que os mitos não eram suficientes para responder às necessidades humanas de conhecimento, surgiram as explicações filosóficas...

 2 – Filosofia

Com o questionamento dos Mitos, consequentemente não havia mais lugar para explicações ilógicas e para forças divinas. A questão era estabelecer uma explicação racional da realidade.

Embora possa se falar em uma filosofia Hindu e chinesa foi a “atitude grega” que gerou a Filosofia tal como a conhecemos. A Grécia é tida como o berço da filosofia por que lá que surgiu os primeiros filósofos e os conceitos que definem filosofia até hoje.

Assim, a filosofia caracteriza-se como uma atitude, a “busca racional da verdade”.


3 – Ciência

            À medida que o conhecimento humano se desenvolvia, o homem foi capaz de fazer Ciência.

A ciência proporcionou uma compreensão menos “teórica” e mais “prática”, daí uma ilusão foi gerada: Que a Ciência havia superado a Filosofia tal como esta teria feito com o Mito. Contudo, devemos lembrar que só atingimos essa “Ciência” através da busca constante pelo saber, o que caracteriza a atitude filosófica.

Mas um preconceito foi gerado de que a Filosofia era um “passatempo” de “loucos” e a ciência como “verdadeiro” saber.

A divisão da Filosofia

            Se a ciência surgiu como consequência da busca da filosofia pela verdade, sendo mais “prática”, o que restou à Filosofia?

Vimos que existem um a série de questões que não podem receber o tratamento da ciência e seu método.

Assim, a reflexão filosófica se faz presente sobre uma tríplice problemática:  

·         Problemas que não podem ser resolvidos pelo método cientifico, as questões da Metafisica ou ontologia.

·         Questões especificas do conhecimento, Epistemologia ou gnosiologia;

·         Os problemas derivados da ação humana e sua libertada, a axiologia, Ética e moral.

 

Essa última, está diferentemente ligada ao papel da filosofia em relação à ciência hoje em dia: “Seu compromisso repousa na investigação dos fins e das prioridades a que a ciência se propõe, Na análise das condições em que se realizam as pesquisas e nas consequências das técnicas utilizadas”

 4 - O Senso comum:

Já percebemos que o ser humano tem necessidade de conhecer o meio em que vive. Contudo, Nem todo conhecimento adquirido vem da escola.

Ao saber da vida cotidiana, herdado por nós na cultura em que nascemos, chamamos de “vulgar” ou “Senso comum”.

 O Senso comum caracteriza-se por ser:

 ·         Assistemático: Adquirir-se ao acaso sem ordem técnica;

 ·         Acrítico: Não admite dúvidas, supõe que as coisas sejam como são aparentemente;

 ·         Impreciso e autocontraditório: A imprecisão leva ao senso comum a ser contraditório.

Diante dessas características, percebemos que a reflexão filosófica critica o Senso comum, ou seja, reflete sobre ele e melhora nossos conceitos.

 5 – Arte

Todos os saberes são manifestações do espírito humano, sem dúvida a “Arte” também é um a forma de conhecimento.

Ao refletir sobre a arte de um período ou cultura, podemos compreender o modo de pensar e crenças da mesma ... (Continua)

 


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

SEMANA 2 Ser e Dever (Um pouquinho de Heidegger)

 Saudações!

Segunda semana do PET Vol III de filosofia  apresenta um texto sobre a morte de autoria do filosofo  alemão Martin Heidegger (1889/1976), vamos conhecer um pouquinho mais dele:

Para o filosofo Heidegger, o homem não é como as coisas e animais, seu existir a que chamou de Dasein (Ser aí)

Caracteriza-se por “ser no mundo” mas não se reduzir a isso, A “Angustia” é um acontecimento do ser livre.

Assim, distingue dois aspectos do ser humano (influência da Fenomenologia):

·         Facticidade é a o conjunto dos determinismos da nossa existência, Não escolhemos onde nascemos (cultura, família etc.)

·         Transcendência é o ato de “ir além” dos determinismos, não necessariamente para negá-los, mas para atribuir-lhes sentido a elas. Seria portanto, a dimensão da liberdade por meio da consciência.

A “angústia” decorre da tensão entre o que o indivíduo é de fato e aquilo que poderia vir a se. Ela retira o indivíduo do cotidiano e o reconduz ao encontro de si mesmo.

Nesse ultimo quesito podemos encontrar o gancho para a reflexão da morte, abordada no complicado texto. A morte é a única certeza que temos na vida ao mesmo tempo que o ser humano busca evita lá (no sentido de reflexão) distraindo-se com preocupações corriqueiras do cotidiano ... Vamos abortar isso de uma maneira mais leve:



O texto sugerido no pet 3 : A angústia, o nada e a morte em Heidegger

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

SEMANA 1 - Liberdade e determinismo


Existe destino ou somos livres?



"Não importa o que fizeram com você. 
O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”. 
Sartre (1905/1980)

O existencialismo é uma corrente filosófica e literária que destaca a liberdade individual e a responsabilidade considerando cada ser humano como um ser único que é mestre dos seus atos e do seu “destino”.

O existencialismo afirma a prioridade da existência sobre a essência, segundo a célebre definição do filósofo francês Jean-Paul Sartre: "A existência precede e governa a essência". Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do homem, visto que esse existe sem que seu ser seja pré-definido.

Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro.
Em Sartre, temos a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer:]

 "O homem está condenado a ser livre"

Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem.

Assim, "a vida nos obriga a escolher entre vários caminhos possíveis mas nada nos obriga a escolher uma coisa ou outra". Logo, dentro dessa perspectiva, recorrer a uma suposta ordem divina representa apenas uma incapacidade de arcar com as próprias responsabilidades.

Percebemos engajamento político, pois partindo da ideia de que O mundo não está pronto e determinado, o ser humano tem responsabilidade com este mundo, as mudanças em relação ao que está errado com este mundo, podem acontecer mediante a política.


E que tal falar em determinismo na Física?



PETs volume 3

 Saudações! Os PETs volume 3 já estão rolando, baixe clicando aqui.