domingo, 10 de janeiro de 2021

Intervenção pedagógica sobre Avaliação diagnóstica de Filosofia (2° anos)

 


Intervenção pedagógica 

sobre Avaliação diagnóstica de Filosofia (2° anos)

Professor Marcos André

 

As questões mais erradas na avaliação diagnosticas referente ao conteúdo de Filosofia abordavam os seguintes tópicos:

·                          Delimitar as esferas do indivíduo, do social e do político.

·         Clarificar noções de lógica, proposição/juízo e raciocínio/argumento, a partir da distinção validade/verdade.

 

Para elucidar o assunto, segue o conteúdo de intervenção pedagógica:

                                                  Política

O ser humano é uma criatura que vive em comunidade, contudo uma das características que marcam esse aspecto, é a "Política":

A invenção da política é atribuída aso gregos e romanos pois estes desfizeram as características anteriores de poder despótico (baseado na “força”) ou patriarcal.

Os principais trações da invenção da política são:

·         Separar a autoridade pessoal do “poder público”;

·         Separar a autoridade militar do “poder civil”, subordinado a primeira à segunda (Assim, ações militares deveriam ser discutidas e votadas);

·         A separação da autoridade religiosa do “poder público” (Impedindo a divinização de governantes);

·         Criaram a ideia de “lei” como expressão da vontade coletiva;

·         Criaram o “fundo público”, recursos da comunidade para a comunidade;

·         Inventaram o “espaço público”, onde quem tinha direitos de cidadão “votavam” seus interesses.

 

A sociedade como conhecemos é fruto de toda uma construção através dos tempos. Daí, a teoria do “contrato social”, teoria segundo a qual, os seres humanos não teriam se unido “naturalmente” mas sim, por meio de um “pacto” social.

Por isso que política implica em “poder”, nós abrimos mão de certa liberdade e delegamos poder à alguém para que este mantenha a ordem e harmonia da comunidade.

E como deve ser esse poder?

O Absolutismo de Hobbes

Para Hobbes o “homem é lobo do próprio homem”, e no estado de natureza (Sem leis) vive em constante guerra de todos contra todos. A solução para esse caos seria o absolutismo político:

·         Poder deve se concentrar em único ponto, para evitar divergências;

·         Ocorre portando, fusão da autoridade religiosa e política;

·         Aos súditos (povo) cabe obedecer as leis;

·         O “estado” (poder) está acima dessas leis;

·         É proibida toda e qualquer rebelião (Mesmo que o estado vá contra a vontade do povo) tudo em nome de manter a ordem e harmonia.

 

Gostou? O estado deve ter poder absoluto em nome da paz, uma vez que a natureza do home é maligna e caótica?

 

Quem contraria essa afirmação é Jean Jacques Rousseau (1712-1778). Segundo ele, o a história não produziu pregresso mas sim, regresso do ponto de vista moral.

Para Rousseau, “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. O ser humano em seu “estado de natureza” é superior ao homem “civilizado” pois vive em harmonia com a natureza sem as necessidades supérfluas do homem moderno.

A decadência do ser humano em sociedade se deu em três momentos:

·         A invenção da “propriedade privada” que levaria à inveja, roubo, guerras etc

·         A criação da magistratura (escolas) que moldam as pessoas a fazerem parte dessa sociedade decadente;

·         A transformação do puro poder em autoridade.

 

Outro importante pensador que vai contrariar a tese de Hobbes é John Locke (1632 – 1704)

Conhecido por ser pregador da tolerância, “profeta” da separação entre estado e igreja e teórico da democracia, Locke formulou uma teoria em oposição ao absolutismo de Hobbes que é considerada ama das bases de nossa democracia atual, o Liberalismo.

Segundo o Liberalismo:

·         O contrato social deve ser estipulado pelo povo e o estado;

·         O estado deve garantir os diretos fundamentais do indivíduo: Vida, liberdade e propriedade;

·         O estado não está acima das leis, deve preserva-las;

·         O cidadão tem o direito à rebelião caso o Estado não cumpra o seu papel.

 

Bem diferente do absolutismo não é? Note que temos a necessidade dos três poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo) justamente para evitar o poder absoluto e desmando de governadores ...

A lógica

A lógica foi desenvolvida por Aristóteles (384/322 A.C) que deparando-se com todo o acervo de pensamento anterior a ele, viu-se embaraçado com uma series de contradições algumas aparentes e outras reais.

Essas contradições tomaram vulto a partir dos Sofistas. Diante disto o filósofo reagiu elaborando o primeiro sistema lógico que por sinal mostrou-se útil até hoje.

A lógica é uma ciência abstrata. [Abstrato, desligada do mundo real aquilo que é puramente mental.]

O Raciocínio lógico

            Raciocinar é um ato próprio da razão. É um tipo de operação discursiva do pensamento que consiste em encadear logicamente juízos e deles tirar uma conclusão.

Quando nossos raciocínios ou argumentos são incorretos, caímos no que se chama Falácia ou Sofisma.

Tipos de raciocínio

Há três modos pelo qual podemos raciocinar:

  • Raciocínio Dedutivo: A dedução é um tipo de raciocínio que parte de uma proposição geral e conclui outra preposição geral ou particular que se apresenta como necessária, ou seja, que deriva logicamente das outras. (Exemplo: Todo metal é dilatado pelo calor. A prata é um metal. Logo, a prata é dilatada pelo calor.
  • Raciocínio indutivo: A indução é o raciocínio que após considerar um número suficiente de casos particulares conclui uma verdade. Exemplo: O cobre é condutor de eletricidade. E a prata, e o ouro, e o ferro. Logo, Todo metal é condutor de eletricidade.
  • Raciocínio analógico: É o raciocínio que se desenvolve a partir da semelhança entre casos particulares. Assim o raciocínio Analógico não oferece certeza apenas certa dose de probabilidade. Exemplo: Se o remédio fez bem para o filho dele, vai fazer bem para o meu.

 

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