domingo, 6 de dezembro de 2020

PET 7 Semana 2 Santo Agostinho

 

Saudações! "Bora" conhecer um pouco mais de Santo agostinho e o seu  filosofar na fé

O neoplatonismo de Plotino (201/270 d.C.) mudou o modo de pensar de Agostinho (354/430 d.C.) levando a romper com o materialismo. Cativado pela fé, seu pensamento adquiriu nova essência, nascia o “filosofar na fé”.

A postura do “credo guia absurdum” (“Creio no absurdo”, pela fé) causava estranheza à Agostinho, pois segundo ele, a fé não substitui ou elimina a razão: A Fé seria um pre-conhecimento em relação à razão, mas esta, pode e deve transpor criticamente as “verdades da fé”.

Para entender essa perspectiva, devemos analisar a “Teoria da iluminação” de Santo Agostinho.

“Como é possível fazer conceitos imutáveis se tudo está em devir?”

Embora o platonismo seja uma forte influência na filosofia de Agostinho, ele não poderia aceitar a teoria do conhecimento do mesmo, A teoria da reminiscência que se baseava em outra vida. Afinal no dogma do cristianismo só há uma vida. Logo, Agostinho formulou sua teoria da iluminação:

Deus no ato da criação nos torna participantes do ser e da verdade sendo ele próprio a fonte da dela. A “suprema verdade” de Deus seria a “luz” que ilumina a mente humana no ato de conhecer.

Outra reflexão filosófica de Agostinho que merece atenção, foi o “problema do mal”: “Se tudo provem de Deus que é bom, de onde surgiu o mal?”

 Superando o dualismo maniqueísta (Crença de que tudo se resume à luta do bem contra o mal) Agostinho formulou três perspectivas acerca do problema do mal: 

1 – Mal metafisico (Ou ontológico): O mal não existe! O que que existe são grãos inferiores de ser em relação à suprema perfeição (Deus);

2 – Mal moral (Pecado): Surge da má contudo do ser humano em relação ao seu livre arbítrio (liberdade);

3 – Mal Físico (Doença, morte etc.): é consequência do mal moral (pecado original).

 Assim, concluímos que “O bem que há em mim é obra tua (Deus) mas o mal que há em mim é fruto do meu pecado”. Agostinho acrescenta que valendo-se exclusivamente de sua força sem a graça de Deus, o homem é vencido pelo pecado.



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