domingo, 13 de dezembro de 2020

PET 7 SEMANA 3 Max Weber e a Ética protestante

Saudações! 

E não, não é Sociologia, estamos na Filosofia mesmo para abordar Max Weber:  


Considerado um dos autores mais influentes entre os pensadores da Sociologia Max Weber nascido em Efurt, na Alemanha (1864-1920) foi um dos fundadores da Associação Alemã de Sociologia.  Foi um intelectual, 
jurista e economista

Logo, seus trabalhos voltam-se para as mais diversas áreas, do pensamento político, do Direito, da História à Economia.

Essa característica acabou tornando-se altamente valorosa por razões obvias: O mundo social está ancorado direto com todos esses ramos que Weber dedicou seus trabalhos.

A génese do capitalismo moderno

Sua obra mais famosa são os dois artigos que compõem “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, com o qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião.

Weber argumentou que a religião era uma das razões não-exclusivas do porquê as culturas do Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, demonstrando a importância de algumas características do protestantismo, que levariam ao nascimento do capitalismo

O capitalismo teria sua gênese na ideologia puritana e no calvinismo.

No século XVI a igreja perde o monopólio religioso na Europa, diante do protestantismo surge novas concepções culturais que seria a gênese do capitalismo segundo weber:

Notando que havia uma presença significativa de empreendedores e mão de obra mais qualificada entre os protestantes, Weber fez uma relação da esfera religiosa e as transformações da economia.

A explicação disso seria o “chamado” protestante

Pois enquanto a igreja católica encorajava uma visão da vida cotidiana e do trabalho como algo mundano, o protestantismo cobrava a responsabilidade do indivíduos no mundo.

Isso, porque com Lutero (1483-1546), vem a visão do cumprimento das atividades cotidianas como uma demonstração de reverência a Deus. Associando a ideia de ganhar o sustento e cumprir o dever religioso.

Essa perspectiva ganha força com Joao Calvino (1509 1564), que sustentando a ideia de um deus que tudo vê e sabe, nos leva a concepção de que os indivíduos estão ‘predeterminados” à salvação, mas não se sabe quem serão os “eleitos”;

Logo, surgiu uma “ansiedade pela salvação” segundo Weber, que culminou na adesão à noção de que os mais esforçados no trabalho, autocontrolados empreendedores etc, seriam os “recompensados”.

O inverso da ética protestante está representado em pecados com a preguiça e indolência, que por sua vez levam o indivíduo a fracassar e não prosperar.

Assim, Weber concluiu que o desenvolvimento do capitalismo está enraizado na proposta do protestantismo de que a riqueza seria um sinal de salvação e que deveria haver um equilíbrio entre conduta humana e prosperidade. Os frutos do trabalhos não deveriam ser voltados para gastos supérfluos e consumismo, mas sim para a acumulação.

Polêmico não? Essa visão entra em conflito direto com as ideias de Karl Marx

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